@camilacamiz

Camila Camíz ​é cria do Rio de Janeiro.​ Grafiteira, tatuadora, feminista. Artista maiúscula. Camíz é mutação, é múltipla e multimídia. Em 2010, pintou na rua pela primeira vez, anos mais tarde (2016), voltou àqueles muros da região portuária, dessa vez como artista convidada, para participar do projeto de revitalização do agora chamado Boulevard Olímpico onde pintou o mural “Magia Negra”.

As escolhas das cores, a representação do feminino e o traçado característico faz com que a arte de Camíz traga o espectador para perto da dor, angústia, sexualidade, beleza e mágica das figuras dessas mulheres potentes que ela transmuta, a medida que a própria autora experiência essa mudança. Mulheres possíveis e reais, contemporâneas e ancestrais, são identificados em vasto público de apreciação, por já as termos como referência em algum lugar no inconsciente lúcido – como ela mesma define essa experimentação de identificação. Captar a emoção, é o norte do processo de Camiz, onde não se faz necessário adorno e alegoria.

A escolha do preto e do branco sempre esteve no escopo de construção do trabalho da artista. As cores vêm sendo acrescentadas com o tempo e convívio com outros artistas.

As grades de presença forte em seu trabalho atual, falam muito sobre sua origem, onde nasceu e foi criada, o subúrbio, a favela, a Zona Norte carioca. A forma em que a artista as explora nas disposições de suas pinturas, fala de formas simples e pontuais sobre seus questionamentos, e seus olhares sobre determinados assuntos, como exclusões psicológicas causadas pelo meio social, belezas vs prisões mentais, momentos nostálgicos e outros desdobramentos de sua temática.